Em Curitiba

Lembrando que passei um dos melhores carnavais no Paraná, lá pelos anos de 2013, agora, nesta época coincidente, recebo a boa notícia do projeto Curitiba Literária, com duas participações minhas. Uma delas surge na antologia Algumas vozes, a ser lançada na próxima segunda-feira. Confiram o convite clicando na imagem abaixo:

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A segunda participação está nas ruas: esta frase – que para mim é um verdadeiro lema – pode ser vista na Estação-tubo Morretes/sentido Santa Cândida. A foto é de Rodrigo Cardoso:

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Reviajar – Chez moi

Há exatamente um ano voltei para casa. Dei por encerrada minha temporada belga e tive, desde então, a experiência de retomar a vida que escolhi levar. Creio que jamais teria chegado a refletir sobre tantos assuntos (rotina, arte, feminismo, autoestima) num nível de tal profundidade – e poder de mudança – sem passar pelo deslocamento do exílio. Pois meu ciclo simbólico parece agora chegar a uma espécie de resumo íntimo: a distância me permite enfim desejar novos projetos para a pesquisa que inspirou meu pós-doc. É hora de olhar para trás, vendo o que sobressai da memória, o que de fato importa. Nada melhor para inaugurar este momento do que um retorno ao espaço doméstico – o lugar que habitei durante 6 meses, em frente à igreja de Saint Denis, em Liège. Estas fotografias têm um sentido muito particular: por um lado, me fazem sorrir, lembrando o inofensivo fantasma de um vestido ancestral, suspenso sobre uma misteriosa escada; por outro, recordam que meu verdadeiro quarto, em Fortaleza, nunca precisou de edredons nem lareiras (felizmente!).

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